quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

espectador personagem

Um cinema. Sentei para ver o filme da minha vida. Começou. Era estranho ver uma menininha que ainda acreditava em fantasias, em pais heróis e perfeitos, e - sobretudo- uma menina cheia de esperanças. Ao decorrer do filme vi cada fantasia sendo desfeita, e no lugar, verdades duras. Vi logo mais a frente que pais, podem sim ser heróis, mas também são humanos. E como tal erram assim como nós.  A esperança...continua. Talvez ela que me dá forças pra ser melhor para mim e para os outros, mesmo que o melhor deles não seja aquilo que eu espero e precise. Quantas pessoas passaram, se foram e ficaram nessa estrada que a gente dá o nome de vida. Saudades do riso de algumas, das palavras reconfortantes, dos abraços...Algumas, realmente, fazem falta. Embora elas sempre estão comigo em cada pensamento. Algumas pessoas são pra sempre. Vi pessoas que, agora, não sei mais quem são. Aquilo que eu acreditava que elas eram não passava de mera projeção minha e da minha vontade de me apegar. Eram mentiras. Quantas vezes a gente ouve: Confia em mim! e se decepciona? Parece, no final, que tudo foi uma mentira quando você descobre que houve uma mentira apenas. Costumo dizer que algumas pessoas são como roupas. Algumas não nos servem mais, logo, é melhor deixar a moda passar. Outros você nunca tira do armário, mesmo fora de moda, você quer sempre ter a segurança que elas estarão ali, para que logo você se lembre de antigas histórias e veja que valeu a pena. Há pouca pessoas que eu realmente guardo no armário. Andréa, Francine, Ana Paula, Gustavo e Natalia. Em algum momento da minha vida vocês me ensinaram algo e eu sei que aprenderam comigo também. Levo sempre um pedacinho de vocês junto a mim, que é pra eu nunca me esquecer de quem eu amo e de quem me fez crescer. É, algumas pessoas são eternas...